O mercado imobiliário brasileiro é influenciado por diversos indicadores econômicos, entre os quais o IPCA se destaca. Compreendê-lo é essencial para quem deseja fazer um investimento seguro no setor, seja adquirindo lotes ou imóveis.
Esse índice não apenas reflete o custo de vida para a população, mas também afeta diretamente os preços dos imóveis, os custos de financiamento e até mesmo os valores de aluguéis.
Acompanhar as variações do IPCA pode fornecer uma visão mais clara sobre as tendências do mercado e ajudar investidores e consumidores a tomarem melhores decisões.
Continue lendo para entender o que é o IPCA, como ele influencia o mercado imobiliário e as diferenças entre o IPCA e o IGPM, outro importante índice de inflação. Vamos começar?
O que é IPCA?
A sigla IPCA significa Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Trata-se do principal indicador da inflação no Brasil, calculado todos os meses pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Ele mede a variação de preços de uma lista de produtos e serviços consumidos por famílias que possuem rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, abrangendo várias regiões metropolitanas do país.
O IPCA é utilizado como referência pelo Banco Central para a formulação da política monetária e o estabelecimento da meta de inflação. Isso significa que:
- Se os preços estiverem subindo muito rápido, o BC pode aumentar os juros para desacelerar a economia e conter a inflação, ou;
- Se os preços estiverem estáveis, os juros podem ser mantidos ou reduzidos.
Assim, o IPCA ajuda a manter a economia equilibrada e os preços sob controle.
Como o IPCA influencia o mercado imobiliário?
O IPCA influencia diretamente o mercado imobiliário de diversas maneiras. Primeiramente, a inflação medida por ele impacta os custos de construção e materiais, o que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis.
Além disso, a variação do IPCA afeta as taxas de juros, já que o Banco Central ajusta a taxa Selic com base na inflação. Taxas de juros mais altas encarecem o crédito imobiliário, dificultando o financiamento para compra de imóveis e, consequentemente, reduzindo a demanda.
Outro aspecto relevante são os reajustes. Muitos contratos de aluguel e financiamento imobiliário são ajustados anualmente pelo IPCA. Dessa forma, períodos de alta inflação podem resultar em aumentos significativos nos valores pagos pelos consumidores.
Qual a diferença entre IPCA e IGPM?
Embora ambos sejam índices que medem a inflação, o IPCA e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) possuem diferenças importantes. Observe:
IPCA: calculado pelo IBGE, reflete a variação de preços ao consumidor final.
IGPM: calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é mais abrangente, incluindo também os preços no atacado e os custos da construção civil.
Outra diferença crucial é a composição e a periodicidade de coleta de dados. O IGPM é composto por três índices:
- IPA (Índice de Preços por Atacado);
- IPC (Índice de Preços ao Consumidor);
- INCC (Índice Nacional de Custo da Construção).
Devido a essas diferenças, o IGPM tende a apresentar maior volatilidade em comparação ao IPCA.
No contexto do mercado imobiliário, é comum que contratos de aluguel e financiamentos sejam atrelados ao IGPM. Já o IPCA é utilizado com mais frequência como referência para a política econômica do país e para ajustes dos preços de bens e serviços ao consumidor final.
Conclusão
Entender as nuances e a influência do IPCA no mercado imobiliário é fundamental para quem busca realizar investimentos conscientes e bem-sucedidos.
Ficar atento às variações deste índice pode ajudar a tomar decisões mais acertadas e a planejar melhor os investimentos no setor.
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